Ter o equipamento correto é fundamental para se fazer uma boa observação astronômica. No entanto, é errado pensar-se que quando falamos de equipamento, nos referimos apenas aos telescópios e às máquinas de astrofotografia. Antes disso, é preciso que nós próprios estejamos bem equipados, confortáveis e preparados para a noite – é o primeiro passo para uma noite de observação astronômica de alta qualidade! É precisamente sobre isso que vamos falar neste artigo.
1. Roupa adequada
Antes demais, a escolha da roupa é fundamental. Mesmo que seja uma noite de Verão, as temperaturas descem sempre em relação às temperaturas diurnas. Além disso, a observação do céu noturno é uma atividade que exige pouco ou nenhum esforço físico – um corpo maioritariamente parado arrefece muito mais depressa. Assim, é importante ter à disposição agasalhos básicos como um casaco quente e confortável, luvas, cachecol e gorro. Independentemente de serem precisos ou usados, porque há noites que mesmo imóvel são bastante amenas, o importante é que estejam à disposição e façam parte da “mochila do astrônomo amador” em caso de necessidade.
2. Comida e bebida
Uma noitada de astronomia pode ser – acrescento, deve ser – uma noitada no sentido literal, ou seja desde que o Sol se põe até que volte a nascer, o que significa que são muitas horas de “nariz no ar”. É importante fazermo-nos acompanhar de alguma comida e bebida, coisas simples como sandes mistas, bolachas, batatas fritas, refrigerantes ou bebida com cafeína caso o sono comece a aparecer ser que seja convidado.
3. Bloco de notas
A utilização de um bloco de notas ou “diário de bordo” depende de cada um mas é, a meu ver, essencial em qualquer observação, curta ou longa, diurna ou noturna. Fazer o registo de todas as observações, fazer esboços e tirar notas, além de ser um bom orientador, é também uma excelente fonte de aprendizagem. Um dos exercícios simples que costumo recomendar é o esboço da posição das manchas solares na observação do Sol.
Numa noite de observação astronômica, pode-se fazer um registo das fases de Mercúrio e de Vénus, das “manchas” polares de Marte, das 4 luas galileanas de Júpiter (e da grande mancha vermelha claro está), da posição dos anéis de Saturno em relação à Terra, do movimento de planetas e asteroides em relação ás estrelas, entre outros.
4. Lanterna + celofane vermelho
A adaptação dos nossos olhos à escuridão demora cerca de 30 minutos, período após o qual somos capazes de ver corpos celestes mais ténues (o olho humano é capaz de ver um objecto até à magnitude 6, pelo que em teoria e numa zona bastante rural ou desprovida de luz artificial, é possível observar Úrano sem recurso a instrumentos).
No entanto, esta lenta adaptação pode ser “estragada” em poucos segundos se nos depararmos com uma luz forte, tal como uma lanterna. Assim, e para se conseguir visualizar os mapas celestes e os cadernos de apontamentos, o ideal é transportar uma lanterna coberta com papel de celofane vermelho, produzindo assim uma luz mais suave e que não prejudica a observação.
Telemóveis e computadores portáteis devem ser usados com o mesmo cuidado – escurecer previamente os ecrãs e de preferência com o uso de vermelhos escuros e negros. Existe algum software de astronomia, como o Stellarium, que têm a opção modo noturno, que transforma exatamente os ecrãs dos computadores de forma apropriada para as noites de astronomia.
5. Cadeira dobrável
Uma cadeira dobrável e portanto facilmente transportável, é ideal para se poder observar o céu de forma confortável, tirar apontamentos, desenhar esboços e fazer observações atentas através de binóculos – pois de pé o corpo tende a oscilar e a experiência de observação pode não ser agradável, especialmente se os binóculos forem grandes e pesados.
6. Planisfério + Bússola
O Planisfério é um acessório prático para encontrar constelações no céu e, através delas, localizar também outros objetos celestes como planetas, galáxias, nebulosas ou asteroides. Numa perspectiva de estudo, pode-se utilizar o planisfério para localizar e depois um livro como guia para mais detalhes sobre determinadas estrelas.
Por exemplo na constelação de Orion, é interessante a diferença entre a “velha” estrela Betelgeuse, a super-gigante vermelha entre 600 a 900 vezes maior que o nosso Sol (e que até pode já ter explodido), e a “nova” estrela Rígel, uma super-gigante azul 85 mil vezes mais brilhante que o Sol.
Por sua vez, a bússola tem um papel simples mas eficaz: ajuda a orientar. Em zonas desconhecidas de observação, pode fazer a diferença.
Assegurado o conforto, a alimentação e o aquecimento – assim como
o que se preveja que seja necessário durante a noite – pode-se então começar a pensar no “sumo” da observação astronômica, ou seja os equipamentos que se destacam: binóculos (de preferência binóculos prismáticos), telescópio e câmaras fotográficas para astrofotografia.
Fonte: astronomoamador.net
A adaptação dos nossos olhos à escuridão demora cerca de 30 minutos, período após o qual somos capazes de ver corpos celestes mais ténues (o olho humano é capaz de ver um objecto até à magnitude 6, pelo que em teoria e numa zona bastante rural ou desprovida de luz artificial, é possível observar Úrano sem recurso a instrumentos).
No entanto, esta lenta adaptação pode ser “estragada” em poucos segundos se nos depararmos com uma luz forte, tal como uma lanterna. Assim, e para se conseguir visualizar os mapas celestes e os cadernos de apontamentos, o ideal é transportar uma lanterna coberta com papel de celofane vermelho, produzindo assim uma luz mais suave e que não prejudica a observação.
Telemóveis e computadores portáteis devem ser usados com o mesmo cuidado – escurecer previamente os ecrãs e de preferência com o uso de vermelhos escuros e negros. Existe algum software de astronomia, como o Stellarium, que têm a opção modo noturno, que transforma exatamente os ecrãs dos computadores de forma apropriada para as noites de astronomia.
5. Cadeira dobrável
Uma cadeira dobrável e portanto facilmente transportável, é ideal para se poder observar o céu de forma confortável, tirar apontamentos, desenhar esboços e fazer observações atentas através de binóculos – pois de pé o corpo tende a oscilar e a experiência de observação pode não ser agradável, especialmente se os binóculos forem grandes e pesados.
6. Planisfério + Bússola
O Planisfério é um acessório prático para encontrar constelações no céu e, através delas, localizar também outros objetos celestes como planetas, galáxias, nebulosas ou asteroides. Numa perspectiva de estudo, pode-se utilizar o planisfério para localizar e depois um livro como guia para mais detalhes sobre determinadas estrelas.
Por exemplo na constelação de Orion, é interessante a diferença entre a “velha” estrela Betelgeuse, a super-gigante vermelha entre 600 a 900 vezes maior que o nosso Sol (e que até pode já ter explodido), e a “nova” estrela Rígel, uma super-gigante azul 85 mil vezes mais brilhante que o Sol.
Por sua vez, a bússola tem um papel simples mas eficaz: ajuda a orientar. Em zonas desconhecidas de observação, pode fazer a diferença.
Assegurado o conforto, a alimentação e o aquecimento – assim como
o que se preveja que seja necessário durante a noite – pode-se então começar a pensar no “sumo” da observação astronômica, ou seja os equipamentos que se destacam: binóculos (de preferência binóculos prismáticos), telescópio e câmaras fotográficas para astrofotografia.
Fonte: astronomoamador.net
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